quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Simón Bolívar

    
Bolívar foi aclamado libertador em 1813,
ao invadir a Venezuela

     Um dos maiores vultos da história latino-americana, Bolivar comandou as revoluções que promoveram a independência da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial. Recebeu excelente educação de seus tutores e conheceu as obras filosóficas greco-romanas e as iluministas.

      Aos nove anos, perdeu os pais e ficou a cargo de um tio. Este o enviou à Espanha, aos 15 anos, para continuar os estudos. Lá, Bolívar conheceu María Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, com quem casou em 1802. Pouco depois de terem voltado para a Venezuela, a esposa morreu de febre amarela. Bolívar então jurou nunca mais casar.



      Em 1804, retornou para a Espanha. Na Europa, presenciou a proclamação de Napoleão como imperador da França e perdeu o respeito por ele, considerando-o traidor das idéias republicanas. Após breve visita aos EUA, regressou para a Venezuela em 1807.

       No ano seguinte, Napoleão provocou uma grande revolução popular na Espanha, conhecida como Guerra Peninsular. Na América, organizações regionais se formaram para lutar contra o novo rei, irmão de Napoleão.

     Caracas declarou a independência, e Bolívar participou de uma missão diplomática à Inglaterra. Na volta, fez um discurso em favor da independência da América espanhola. Em 13 de agosto de 1811, forças patriotas, sob o comando de Francisco de Miranda, venceram em Valencia. Mas, no ano seguinte, depois de vários desastres militares, os dirigentes revolucionários entregaram Miranda às tropas espanholas.

     Bolívar escreveu o famoso "Manifesto de Cartagena", sustentando que Nova Granada deveria apoiar a libertação da Venezuela. Em 1813, invadiu a Venezuela e foi aclamado Libertador. Em junho daquele ano, tomou Caracas e, em agosto, proclamou a segunda república venezuelana.

       Em 1819, organizou o Congresso de Angostura, que fundou a Grande Colômbia (federação que abrangia os atuais territórios da Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador), a qual nomeou Bolivar presidente. Após a vitória de Antonio José de Sucre sobre as forças espanholas (1822), o norte da América do Sul foi enfim libertado.

     Em julho de 1822, Bolívar discutiu com José de San Martín a estratégia para libertar o Peru, mais ao sul. Em setembro de 1823, ele e Sucre chegaram a Lima para planejar o ataque. Em agosto de 1824, derrotaram o exército espanhol. No ano seguinte, Sucre criou o Congresso do Alto Peru e a República da Bolívia (assim batizada em homenagem a Bolívar). Em 1826, Bolívar concebeu o Congresso do Panamá, a primeira conferência hemisférica.

       Em 1827, devido a rivalidades pessoais entre os generais da revolução, eclodiram guerras civis na Grande Colômbia. Em 25 de setembro de 1828, em Bogotá, Bolívar sofreu um atentado, conhecido como "conspiração setembrina", da qual saiu ileso graças à ajuda de sua companheira, Manuela Sáenz. Com a guerra civil de 1829, a Venezuela e a Colômbia se separaram; o Peru aboliu a Constituição bolivariana; e a província de Quito tornou-se independente, adotando o nome de Equador.

         Acuado e tuberculoso, o Libertador morreu no ano seguinte, aos 47 anos.

Guerra do Chaco

Região do Chaco

      A Guerra do Chaco foi um conflito entre Paraguai e Bolívia, pela disputa da região do Chaco Boreal, entre 1932 e 1935. Essa região em questão, apresentava uma grande vantagem devido à descoberta de petróleo nas proximidades dos Andes, além de permitir uma outra importantíssima vantagem estratégica, no Chaco Boreal se localizava o rio Paraguai, a principal forma de acesso ao oceano Atlântico. 

     Anteriormente, a região do Chaco já pertencia à Bolívia, no antigo Vice-Reinado do Rio da Prata. Após perder também sua saída ao mar para o Chile, na Guerra do Pacífico, em 1879, não queria perder o petróleo na região dos Andes nem o controle do rio Paraguai. 

     As disputas resultaram em um conflito que provocou a morte de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios, tendo como resultado a derrota dos bolivianos, que mesmo possuindo um exército bem maior em número, perdeu seu território.

Guerra do Vietnã



     
Soldados Norte-Americanos em campo de batalha no Vietnã


     
     Ocorreu entre os anos de 1959 e 1975 e é considerado o mais violento conflito da
segunda metade do século XX.


     Laos, Vietnã e Camboja faziam parte de uma região conhecida como Indochina. Estavam sobre o domínio francês e queriam a independência.

     Para entender melhor o conflito é preciso saber que durante a Segunda Guerra, o Japão invadiu e dominou esta região. Com o objetivo de combater os orientais, os vietnamitas, liderados por Ho Chi Minh (líder revolucionário), se reuniram e formaram a Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã (ligada ao partido comunista).

    Os primeiros conflitos ocorreram em 1941, ainda durante a Segunda Grande Guerra.
Quando esta terminou, começou o processo de descolonização, que originou uma luta entre tropas francesas e guerrilheiros do Viet Minh (Liga para a Independência do Vietnã).

       Derrotados, os franceses tiveram que aceitar a independência.

      Em 1954, a Conferência de Genebra (convocada para negociar a paz) reconheceu a Independência do Camboja, Laos e Vietnã.
     
      Outra medida tomada estabeleceu que o Vietnã ficaria dividido em:
- Vietnã do Norte: socialista governado por Ho Chin Minh
- Vietnã do Sul: capitalista governado por Ngo Dinh-Diem

      Essa divisão estaria valendo até as eleições para unificação do país, em 1956.

     Em 1955, Ngo Diem liderou um golpe militar tornando-se ditador. Diem cancelou as eleições, proclamou a Independência do Sul, brigou com os budistas, perseguiu nacionalistas e comunistas e seu governo foi marcado pela corrupção. Os americanos o apoiaram, porque estavam convencidos de que os nacionalistas e comunistas de Ho Chi Minh ganhariam as eleições e isso não era bom; pois se os comunistas ganhassem, acabariam influenciando outras nações a segui-los (“Teoria de Dominó”).

     Os EUA passaram a colaborar com o Vietnã do Sul enviando armas, dinheiro e conselheiros militares.
Tudo isso fez com que surgissem os movimentos de oposição: Frente Nacional de Libertação (apoiados pelo Vietnã do Norte) juntamente com o seu exército Vietcong.

     Apoiados pelos americanos e suas armas poderosas os sul-vietnamitas atacaram por 10 anos o norte.
Porém, depois que algumas embarcações americanas foram bombardeadas no Golfo de Tonquim, o presidente Lindon B. Johnson ordenou bombardeios de represália contra o Vietnã do Norte. Esse fato marcou a entrada dos EUA na guerra (1965).

     Em 1968, as tropas do norte e os vietcongs fizeram a chamada Ofensiva do Tet, ocupando inclusive a embaixada americana em Saigon. Isso fez com que os americanos sofressem sérias derrotas.

   A guerra continuava e os americanos não estavam muito felizes. Várias manifestações foram realizadas contra a participação dos EUA na guerra.
Em 1972, durante o governo do presidente Nixon, os EUA bombardearam a região de Laos e Camboja utilizando, inclusive, armas químicas, mas não adiantou, pois os guerrilheiros continuavam lutando.

     Eles (guerrilheiros) se saíram melhor, principalmente pelas vantagens geográficas, já que conheciam bem a região.
     
     Os americanos se retiraram do conflito em 1973; porém, a guerra só foi encerrada de fato em 30/04/1975, pois ainda havia alguns conflitos contra o norte.

     Em 1976, o Vietnã se reunificou e passou a se chamar República Socialista do Vietnã.

     A Guerra do Vietnã, como já foi dito no início deste texto, é considerado um dos conflitos mais violentos do século XX.

     Durante todo o desenrolar da guerra, os meios de comunicação do mundo inteiro divulgaram a violência e intensidade do conflito, além de falarem sobre o mau desempenho dos americanos, que investiram bilhões. Foi nesta guerra que os helicópteros foram usados pela primeira vez.

     Como em toda guerra, não existem vencedores, somente vítimas. Calcula-se que milhões de pessoas (civis e militares) morreram.

Tratado de Versalhes



     A Primeira Guerra Mundial foi um conflito global ocorrido entre 1914 e 1918 na Europa, que envolveu as principais potências daquela época: Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, Estados Unidos, Itália e Áustria.

     No início de 1918, a Alemanha já se via enfraquecida, isolada e sem meios de manter os combates. Assim, em 11 de novembro do mesmo ano, o governo alemão assinou o acordo de paz, numa grande desvantagem. Pelo acordo, a Alemanha concordava, por exemplo, em retirar suas tropas de todas as regiões ocupadas durante a guerra, devolver materiais, armamentos e submarinos aos adversários, além de indenizá-los pelos territórios ocupados.

     Após a rendição do governo alemão, foram realizadas diversas conferências no palácio de Versalhes (França), nas quais participavam os representantes dos países vencedores da guerra. Tais conferências eram lideradas pelos representantes dos Estados Unidos, da França e da Inglaterra e, a partir delas foi criado o Tratado de Versalhes, um tratado de paz que pôs fim oficialmente à Primeira Guerra Mundial.



     O Tratado de Versalhes foi assinado pelas potências europeias em 28 de junho de 1919, impondo severas obrigações aos alemães. De acordo com o tratado, a Alemanha deveria: 

  • Devolver à França o território da Alsácia-Lorena – a Alsácia-Lorena era uma região muito rica em carvão e minérios de ferro, que foi cedida pela França aos alemães devido à derrota na guerra Franco-Prussiana, em 1870. 
  • Reconhecer e respeitar a independência da Áustria. 
  • Passar a província do Sarre para o domínio da Liga das Nações durante 15 anos – a Liga das Nações era uma sociedade formada por países-membros de todos os continentes, cuja missão era intervir em conflitos internacionais, tentando preservar a paz no mundo. 
  • Ceder outras regiões à Dinamarca, à Bélgica e à Polônia – todos os direitos sobre as colônias ultramarinas deveriam ser renunciados pela Alemanha. 
  • Diminuir o poderio militar de seus exércitos, sendo proibida a construção de aviação militar – um trecho do tratado dizia que o exército alemão não poderia ter mais do que 7 divisões de infantaria e 3 divisões de cavalaria. 
  • Não fabricar nem importar tanques, carros blindados ou quaisquer outros maquinários que pudessem servir como instrumento de guerra. 
  • Abolir todo serviço universal militar e obrigatório – a partir daquela data, o exército alemão só poderia ser constituído e recrutado por meio de alistamento voluntário. 
  • Entregar a maior parte dos seus navios mercantes à Inglaterra, à França e à Bélgica. 
  • Pagar uma enorme indenização em dinheiro às nações vencedoras, como forma de reparar todos os danos causados à sua população civil. 
     O Tratado de Versalhes causou uma grande indignação na população alemã, que julgava injustas e muito humilhantes todas as imposições do acordo. O pagamento da astronômica indenização fez a economia da Alemanha cair por terra e as próximas duas décadas foram marcadas por uma enorme crise no país: desemprego, inflação, desvalorização da moeda.

     Essa crise econômica, política e moral trouxe de volta o nacionalismo alemão, que, mais tarde, faria com que o país enfrentasse mais um conflito armado: a Segunda Guerra Mundial.

Os EUA na Primeira Guerra Mundial

     
     Em 1914, o estouro da Primeira Guerra Mundial determinou o consumo de uma tensão que se desenvolvia entre as nações da Europa desde o século XIX. Antes da guerra, os Estados Unidos defendiam a política de “portas abertas” como a melhor solução para a forte concorrência imperialista. Nesse âmbito, as autoridades do governo dos EUA acreditavam que todos os imperialistas tinham direitos iguais na exploração dos territórios afro-asiáticos.

     Apesar dessa premissa conciliadora, os países europeus preferiam a guerra como solução. Nesse novo contexto, os Estados Unidos passaram a lucrar à custa da Primeira Guerra Mundial. Em um curto espaço do tempo, as nações europeias necessitavam de enormes quantidades de alimentos e armas para o conflito. Mesmo que permanecendo neutro, por uma questão de interesse e afinidade, o governo norte-americano exportava seus produtos apenas às nações integrantes da Tríplice Entente.

     O comportamento solidário dos EUA logo se aprofundou, principalmente quando observamos o empréstimo de recursos financeiros para a guerra na Europa. Até esse momento, o conflito se transformava em um evento bastante lucrativo e benéfico para a economia norte-americana. No âmbito político, os Estados Unidos esperavam que a nação pudesse se fortalecer ainda mais ao possivelmente assumir a condição de intermediadora dos tratados de paz.

     Tais projeções mudariam de rumo no ano de 1917. Naquele ano, os russos abandonaram a Tríplice Entente com o desenvolvimento da Revolução Russa. Para as potências centrais, essa seria a oportunidade ideal para vencer o conflito. Não por acaso, os alemães puseram em ação um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para a Inglaterra. Nesse contexto, navios norte-americanos foram alvejados pelos submarinos da Alemanha.

     Nesse momento a neutralidade norte-americana se tornava insustentável por duas razões fundamentais. Primeiramente, porque a perda das embarcações representava uma clara provocação que exigia uma resposta mais incisiva do governo americano. Além disso, a saída dos russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos banqueiros estadunidenses não receberem as enormes quantidades de dinheiro emprestado aos países em guerra.

     No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas. Em novembro de 1918, o armistício de Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente.

sábado, 6 de setembro de 2014

Os vikings na América

     
A ação dos vikings antecipou em séculos a chegada de Cristóvão Colombo na América.
     
     Quando estudamos o descobrimento da América nos bancos da escola, logo aprendemos que foi o navegador Cristóvão Colombo o primeiro a se estabelecer naquelas terras distantes da Europa. Na verdade, a informação se mostra errada por duas razões fundamentais: primeiro, a América já havia sido descoberta por várias populações nativas, há milhares de anos; segundo, o primeiro europeu a se situar nessas mesmas terras foi o viking Leif Eriksson.

     Fazendo parte da tradição oral viking, essa história remonta a antiga tradição que esse povo tinha na exploração e conquista de novas terras. Segundo os seus relatos, tudo teria começado quando “Eric, o Vermelho”, nos fins do século X, foi expulso da Islândia após ter cometido assassinato. Mandado para a Groelândia, este viking construiu uma fazenda e constituiu sua família. Foi daí que, Leif, um de seus três filhos, se empolgou com os relatos de marinheiros que falavam da presença de terras à Oeste.

     Atingindo a atual região de Terra Nova (Canadá), esse viking teria batizado o território como Vinland. Para os especialistas, o significado do nome atribuído gera grandes controvérsias, sendo dado como “Terra das Vinhas” ou “Terra do Pasto”. A confirmação da chegada dos vikings ao território americano aconteceu na década de 1960, quando uma expedição liderada por Helge Ingstad levantou uma série de artefatos e antigas ruínas que antes eram erroneamente considerados de origem indígena.

     Ao contrário dos colonizadores espanhóis, a presença dos vikings em território americano acabou não durando muito tempo. Outras narrativas do povo viking dão a entender que a curta estadia teria sido motivada pelos ataques realizados por povos locais chamados de “skraelings” (homens feios). Já alguns estudiosos sugerem que a saudade da terra natal e as dificuldades de assentamento em uma área isolada seriam hipóteses mais seguras para explicar a curta temporada dos vikings na América.

A Primeira Guerra Mundial



     A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre os anos de 1914 e 1918, porém, tempos antes, principalmente entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia uma grande euforia que era conhecida como Belle Epóque (Bela Época). Era um período em que se experimentava um grande progresso tanto no campo econômico quanto no tecnológico. Os países ricos viviam momentos de esperança, crentes de que iriam impor seus desejos aos países mais pobres. Porem, na verdade, todo esse clima de festa estava escondendo fortes tensões que viriam a deflagrar aquela que também ficou conhecida como a Grande Guerra ou Guerra das Guerras, um dos maiores acontecimentos da história mundial.

     Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa entre eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia se sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte tensão, pois os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais e as matérias primas com todas as armas que lhes eram possíveis.
-Causas

      Com essa disputa acirrada pelo mercado mundial, foram surgindo os primeiros sinais de que uma grande guerra estaria vindo pela frente. O países da Europa começaram a investir em tecnologia de guerra, engrossando as fileiras do exército. Além disso, foi desenvolvido uma política que ficou conhecida como “política de alianças”. Foram assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos, que mais tarde dariam início a primeira Guerra Mundial. A divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que formavam a Tríplice Aliança, e do outro a Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice Entente.

      Não podemos esquecer do revanchismo que existia entre a França e a Alemanha, já que no final do século XIX durante a Guerra Franco-Prussiana o país havia perdido a região da Alsácia-Lorena para os Alemães, e agora desejavam poder retomar a região novamente.

     Uma das causas que provocou a guerra propriamente dita foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, enquanto fazia uma visita a Saravejo, região da Bósnia-Herzegovina. O criminoso era um jovem que pertencia a um grupo Sérvio (Mão Negra) que era contra a intervenção da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. Insatisfeito com as atitudes tomadas pela Sérvia contra o criminoso, o império austro-húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914.

-A Guerra

     Com a guerra tendo iniciado, alguns dos primeiros ataques aconteceram contra o continente africano e no oceano pacífico, onde haviam colônias e territórios ocupados pelos europeus. A África do Sul foi atacada pelas forças alemãs em 10 de agosto, pois as terras pertenciam ao império Britânico. A Nova Zelândia invadiu a Samoa, que pertencia a Alemanha, e a Força Naval e expedicionária Australiana desembarcou na ilha de New Pommem, que viria a se tornar futuramente a Nova Bretanha, que na época fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã.

     Coube ao Japão invadir as colônias micronésias e o porto alemão que abastecia carvão, de Qingdao, na península chinesa de Shandog.

     Todos esses ataques fez com que em pouco tempo a Tríplice Entende tivesse dominado todos os territórios alemães no Pacífico.

     No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra. Eles se posicionaram ao lado da Tríplice Entente, já que tinham acordos comerciais milionários envolvidos com países como Inglaterra e França. Esta união foi crucial para a vitória da Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição.

     A partir de então foi feito o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados fortes restrições, fazendo com que, por exemplo, a Alemanha reduzisse seu exército, que fosse mantido um controle sobre a indústria bélica do país, a devolução da região Alsácia-Lorena à França, além de ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores.


-As consequências da Primeira Guerra Mundial

  • Centenas de Famílias destruídas e crianças órfãs (Cerca de 10 milhões de mortos) 
  • Os EUA vieram a se tornar o país mais rico do mundo 
  • Fragmentação do império Austro-Húngaro 
  • Surgimento de alguns países (Iugoslávia) e desaparecimento de outros 
  • Divisão do império turco após 200 anos de decadência 
  • Aumento do desemprego na Europa 


O Tratado de Petrópolis


      Rio-Branco estabeleceu dois frontes para evitar o choque militar com a Bolívia. Num deles arregimentou o apoio da Casa Rothschild, de Londres, instituição financeira de históricas ligações com o Brasil, para que os banqueiros intermediassem um acordo com o Bolivian Syndicate de Nova York. Operação bem-sucedida, pois os norte-americanos aceitaram uma compensação de 110 mil libras esterlinas para desistir do negócio, o que enfraqueceu o lado do governo de La Paz.
O outro, foi mostrar à Bolívia que o Brasil estaria mesmo disposto a ir a guerra na defesa do povo extrativista do Acre, visto que a opinião pública não aceitaria que o governo do Rio de Janeiro cruzasse os braços caso soubesse que os seringueiros fossem expulsos pelas armas daquela área. Um admirador exaltado da posição tomada pelo barão escreveu na imprensa: “Temos um Homem no Itamaraty.”

     Para dar prova de seriedade, como demonstração de força, ordenou-se a mobilização de tropas federais em Mato Grosso e no Amazonas para que se deslocassem para o território do Acre. Assim, com essa articulada combinação de diplomacia e do uso do argumento militar, só restou ao governo da Bolívia retroceder. Aceitou um acordo provisório, assinado em março de 1903, e decidiu por comparecer à mesa de negociação. O local acertado foi Petrópolis no estado do Rio de Janeiro, honorável cidade imperial onde se encontravam as delegações estrangeiras no Brasil.
     O principio sustentado pelo Brasil na sua demanda para com a Bolívia foi o mesmo utilizado pelos portugueses nos tempos dos tratados de 1750 e 1777, assinados então entre o Reino de Portugal e o Reino da Espanha para acertarem suas diferenças fronteiriças na América Ibérica: o do uti possidetis solis. Quer dizer, tem direito ao território quem o possui, quem tomasse a terra contestada era o seu dono de fato. Pelo lado brasileiro atuaram Ruy Barbosa e depois o gaúcho Assis Brasil, que o substituiu, enquanto que representando a Bolívia encontrava-se o senador Fernando Guachalla e o ministro Cláudio Pinilla. No primeiro dos seus dez artigos fixou-se: “Do Rio Beni na sua confluência com o Mamoré (onde começa o Rio Madeira), para o oeste seguirá a fronteira por uma paralela tirada da sua margem esquerda, na latitude 10º20’, até encontrar as nascentes do Rio Javari”.
-O acerto final

     Acordou-se então que o Brasil indenizaria a Bolívia com 2 milhões de libras esterlinas em troca de um território que incorporaria não somente o Acre inferior (142.000 km²), como o Acre superior (48.000 km²), rico em florestas e reservas de seringais. O Brasil, por igual, comprometeu-se a entregar em permuta certas áreas da fronteira do Mato Grosso que, no total, perfaziam 3.164 km, bem como dar início a construção da estrada-de-ferro Madeira-Mamoré, numa extensão de 400 km, para permitir uma saída da Bolívia para o oceano Atlântico (promessa feita a primeira vez em 1867).
     As negociações, entre os legatários bolivianos e os brasileiros, iniciadas em julho de 1903, enceraram-se quatros meses depois com a assinatura solene do Tratado de Petrópolis no dia 17 de novembro de 1903. Consagrou-se como uma das maiores vitórias diplomáticas do Brasil visto que conseguiu incorporar ao território nacional, sem deflagrar guerra, uma extensão de terra de quase 200.000 km², que foi entregue a 60 mil seringueiros e suas famílias para que lá pudessem exercer as funções extrativas da borracha.
     E, fundamentalmente, evitou-se um conflito bélico com a Bolívia, um país pobre e isolado do mundo. Guerra que, se travada, traria uma mancha indelével para a imagem do Brasil, pois iria aparecer no cenário mundial como um valentão prepotente tirando proveito dos mais fracos. O barão do Rio-Branco, por sua parte, foi homenageado pelo povo acreano com a fundação da Vila de Rio-Branco, atual capital do estado do Acre.

Pré História

   
Arte Rupestre: pintura em paredes de cavernas

      Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.
      
       Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

-Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada
     
     Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletivas.

   Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.

-Mesolítico

    Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.

   Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.

-Neolítico ou Idade da Pedra Polida

   Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização,  a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.

-Evolução do Homem na Pré-história (principais espécies)

  • Australopithecus
  • Pithecanthropus erectus
  • Homem de Neandertal
  • Homem de Cro-Magnon - Homo Sapiens

A Guerra da Bósnia

     Na Bósnia-Herzegovina, onde os sérvios formavam 31% da população, houve uma guerra terrível entre 1992 e 1995. Os sérvios locais, comandados por ex-oficiais do exército iugoslavo, organizaram-se em poderosas milícias, equipadas com armamento fornecido pela Iugoslávia, e deram início a uma ação de "limpeza étnica", expulsando os moradores bósnios e também croatas (11% da população da Bósnia). As violências praticadas contra os bósnios foram particularmente atrozes, com dezenas de milhares de estupros e outros tantos fuzilamentos de civis.

                                                                                    
   PRINCIPAIS PONTOS DO ACORDO  
  • A Bósnia permaneceria um único país dentro das fronteiras atuais, mas dividido entre uma federação muçulmano-croata (com 51% do território) em uma república sérvia (com 49%).
  • Haveria um governo central, com presidente e Parlamento nacional. A moeda seria única.
  • Acusados de crimes de guerra ficariam de fora nas eleições de 1996.
  • Os refugiados, cerca de 2 milhões de pessoas, poderiam voltar para casa
  • Força internacional com 60.000 soldados supervisionaria o acordo.
  • Sarajevo não seria dividida.
  • Uma faixa de 5 quilômetros de largura - o Corredor de Posavina - ligaria áreas sérvias.
  • Um corredor ligaria o enclave muçulmano de Gorazde com a Federação Muçulmano-Croata.                                                                                                                                
     A ONU interveio na Bósnia com uma "força de paz" que se mostrou incapaz de conter as agressões dos sérvios. A OTAN enviou algumas tropas em 1995, mas sua atuação efetiva limitou-se à realização de alguns bombardeios aéreos contra alvos sérvios na Bósnia.

     O fator decisivo para pôr fim ao conflito foi o embargo comercial imposto pela Assembléia Geral da ONU à Iugoslávia desde 1992. O agravamento da crise econômica fez com que o presidente iugoslavo Milosevic interrompesse os fornecimentos aos sérvios da Bósnia. Estes, sentindo-se enfraquecidos, aceitaram negociações intermediadas pelo presidente norte-americano Bill Clinton. Finalmente, em dezembro de 1995, um acordo de paz assinado em Dayton, nos Estados Unidos, transformou a Bósnia-Herzegovina em um Estado estruturalmente semelhante à atual Iugoslávia: 51% do território formam uma Federação Muçulmano-Croata e os 49% restantes constituem a República Sérvia da Bósnia - ambas com enorme autonomia, embora teoricamente subordinadas ao governo federal.